Penas

Vamos entender algumas características do sistema tegumentar:

O crescimento das penas ocorre na base dos folículos pilosos. O folículo piloso é uma invaginação da epiderme, que se apresenta com uma dilatação terminal, o bulbo piloso. No centro do bulbo piloso, encontra-se a pápila dérmica. Ela tem uma rica vascularização e constitui-se de uma multidão de células específicas agrupadas: os queratinócitos. Estas são células responsáveis pela síntese de queratina no organismo, isto é, a composição básica das penas.

O eixo da pena é formado por cálamo e raque. O cálamo fica internamente no folículo da pena, e a raque forma o eixo restante exposto. Na sua base o cálamo tem uma abertura para a "polpa germinativa" da pena e a artéria central, as quais regridem durante o crescimento desta pena, formando tampas internas com espaços ocos. A partir da raque, saem filamentos paralelos, as barbas, e destas, formam-se as bárbulas. As barbas formam as ramas, que são as bárbulas de duas barbas presas por flanges. Estes flanges, que são derivações das bárbulas , têm ganchos na extremidade, os quais mantêm as bárbulas alinhadas.

Caso este tecido denominado pápila dérmica seja lesionado (como o ato de arrancar as penas, por exemplo), ou o sistema de irrigação sangüíneo seja afetado, as penas poderão nascer atrofiadas e com aspecto deformado.

Pior ainda se a idéia for de arrancar uma das 10 primárias localizadas nas asas da ave. A articulação carpometacarpiana seria agressivamente lesionada pois as penas encontram-se intimamente ligadas a esta articulação, podendo resultar em inflamações agudas na região e até perda da função do membro.

Sendo assim, nunca arranque as penas de sua ave. Somente o Médico Veterinário possui este poder de decisão.