O nosso planeta possui uma tipologia
climática bastante variada e conseqüentemente as espécies que vivem nele devem
ter um grau de adaptação de acordo com sua endemicidade.
Com certeza uma ave adaptada a baixas
temperaturas desempenhará um rendimento melhor no frio e a outra adaptada ao
clima quente será mais eficiente no calor, porém pessoalmente acredito que o
rendimento e o trabalho em si com uso do bom senso podem ter resultados
favoráveis independente da adaptação da ave e o clima que ela se encontra.
Para tentar justificar o que eu
acredito, é importante discorrer sobre alguns detalhes referentes à fisiologia
das aves:
Assim como os mamíferos, elas controlam
sua temperatura corpórea, porém utilizando diferentes mecanismos. As aves podem
gerar calor sem contração muscular ou tremor através do tecido adiposo marrom.
Além disso, dependem de uma fonte interna e outra externa de calor. A fonte
externa é o sol ou um abrigo, ou para as nossas aves, alguma fonte de calor
artificial. A fonte interna são suas próprias reações metabólicas de
substâncias.
Elas podem produzir calor de diversas
formas, como em alterações vasculares, ajuste corporal através de atividades
ptilomotoras (penas) e podem perder calor da mesma forma, incluindo a
evaporação cutânea e hiperpnéia (ofegação).
A temperatura interna média das aves se
mantém em torno de 41ºC, podendo variar em partes diferentes do corpo. Esta
temperatura pode elevar-se rapidamente em períodos de estresse e situações de
vôo, caça, luta ou fuga.
Sendo assim, acredito que em Falcoaria,
se você mantém a sua ave que não pertence ao clima que o proprietário se
encontra, em seu conforto térmico e uma vez (ou mais) por dia, levá-la para o
campo para exercitá-la, independente da temperatura do ambiente, isso não
influenciará tanto. Claro, como disse antes, devemos ter o bom senso,
conhecimento e sensibilidade o bastante para observar todos esses fatores e o
comportamento de nossas aves no campo em condições extremas.
Exemplo piegas:
Uma ave como o Falco cherrug,
extremamente adaptada a altas temperaturas desempenhará um bom papel na neve,
pois naturalmente as aves possuem sua temperatura corpórea alta e com tendência
a se tornar mais alta ainda com o exercício.
Ou ainda o Falco rusticolus, um falcão
adaptado ao inverno, estará apto a perder calor para o ambiente a ponto de
regular sua temperatura após seu desempenho em um clima desértico.
Como disse antes, este fator de
adaptação pode ser problemático, no caso de uma ave pertencente a um clima
temperado que passe a viver em um clima tropical, por exemplo. Ambientes úmidos
dificultam as perdas de calor, aumentando os riscos de problemas respiratórios,
agravando-se mais em temperaturas quentes.
Lembrando que se mantidas em condições
extremas de calor, a hiperventilação induz a uma alcalose respiratória onde há
perda de eletrólitos através dos túbulos renais, causando distúrbios
circulatórios (choque) e morte. E no caso do frio, hipotermia subaguda (longos
períodos de tempo no frio) que resulta em uma forte vasoconstricção periférica
levando os fluídos em direção ao compartimento venoso profundo e uma diminuição
do metabolismo dos sistemas a níveis variáveis.
Como
disse, o falcoeiro que vive em locais onde exista Falcoaria, deve escolher sua
ave de acordo com a disponibilidade de presa, tipo de campo e clima favorável
para aquela espécie desejada, porém há controvérsias.
boa tarde muito bom as maderia mais tem como um falcoa para comesar a falcoaria
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