terça-feira, 12 de março de 2013

Anatomofisiologia da reprodução

Diferentemente da maioria dos mamíferos em que os espermatozoides gastam considerável quantidade de tempo no trato masculino e relativo tempo curto no trato feminino, os espermatozoides das aves provavelmente ficam armazenados não mais do que 4 a 5 dias nos dutos deferentes do macho. Depois da cópula, contudo, os espermatozoides permanecem por períodos prolongados de tempo (30 dias ou mais, dependendo da espécie), alojados dentro dos túbulos de armazenamento de sêmen do oviduto localizados na junção útero-vaginal da fêmea. Esta junção é composta por vilosidades e dentro delas os espermatozoides são armazenados.

Glândulas "hospedeiras de espermatozóides" da junção entre a glândula da casca e vagina, composta por células epiteliais. "S", espermatozoides; "GH", glândulas hospedeiras de espermatozoides; "L", luz do oviduto.
O modo como estes espermatozoides entram, sobrevivem e obtem êxito nestes túbulos de armazenamento é desconhecido, evidências atuais sugerem que a liberação de espermatozoides para o oviduto se dê a partir das contrações de oviposição ocasionada por ondas de LH (hormônio luteinizante), mas isto ainda é pouco detalhado. Estes espermatozoides sobem para o oviduto por meio de contrações da musculatura lisa e atividade ciliar e acumulam-se nas pregas da mucosa e glândulas tubulares curtas no Infundíbulo distal. Por ocasião da ovulação, os espermatozoides são liberados para fertilizar os óvulos. Ainda no infundíbulo o ovo atinge a região calazífera, a mais estreita porção glandular deste segmento. A secreção desta região forma uma camada perivitelina e provavelmente contribui para a formação das calazas.

Calazas são membranas espessas em forma de cordão que prende o vitelo ao ligamento do albume conferindo estabilidade às estruturas e protegendo este vitelo. 1- Casca; 2- Camada calazífera; 3- Ligamento de albume; 4- Calaza.
O oviduto das aves é dividido em 6 partes após o ovário. São elas: Infundíbulo, ístimo, magno, glândula da casca ou útero, vagina e cloaca.
O Magno é a região secretora de albume. Ele é o segmento mais longo do oviduto e distingue-se do Infundíbulo e do Ístimo pelo seu diâmetro externo maior, paredes mais espessas e dobras luminais mais volumosas. A maior parte das 40 proteínas encontradas no albume são formadas na mucosa do oviduto e elas são secretadas à medida que a massa do ovo em desenvolvimento desce para o Magno. Embora o estímulo necessário para a secreção destas proteínas seja desconhecido, existem três possibilidades: 1- o ovo em desenvolvimento provoca liberação de albume por meios mecânicos ou outros, 2- mecanismos hormonais sincronizam a liberação e 3- algum mecanismo coordenador nervoso está envolvido.
O Ístimo, que forma a membrana da casca ao redor do ovo em desenvolvimento, é caracterizado por paredes mais estreitas e dobras luminares menos volumosas do que aquelas encontradas no Magno. Pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos na formação de proteínas da membrana da casca ou de sua liberação e deposição sobre o ovo. Observa-se, contudo, que enquanto o ovo albuminoso está entrando no Ístimo, uma membrana é depositada naquelas partes em contato com o tecido glandular. A forma típica do ovo é produzida pelas membranas e não pela casca calcificada, que é depositada sobre uma forma já pronta. Neste estágio, as membranas estão frouxamente aplicadas sobre o ovo, que apresenta cerca de 50% de sua massa final.
A glândula da casca, também conhecida como útero, é caracterizada por uma secção em forma de bolsa ligada ao Ístimo por um “colo” curto e por extensa muscularização. O ovo permanence na glândula da casca por aproximadamente 20 horas. Durante as primeiras 6 horas ou aproximadamente, um fluído aquoso produzido pela região do colo passa para dentro do ovo, resultando em um aumento de duas vezes na massa da clara do ovo. Contudo essa “inchação” pode continuar durante o tempo em que o ovo permanence na glândula da casca. Depois disso, o principal processo é a calcificação. Durante seu estágio na glândula da casca, a rotação do ovo ao redor do eixo leva ao acabamento da formação das calazas, que se iniciaram no Infundíbulo, e à estratificação do albume.
A calcificação da casca provavelmente começa no Ístimo, onde pequenas projeções da membrana, os centros mamilares são formados. No útero, o crescimento dos cristais de calcita continua em um padrão constante de mineralização (cerca de 300mg de cálcio por hora). O oviduto não armazena cálcio, e cerca de 20% do cálcio sanguíneo são removidos à medida que ele passa através da glândula da casca. As células específicas responsáveis pela transferência de cálcio para a luz parecem ser as células epiteliais superficiais. A tarefa final do útero é a formação da cutícula e a pigmentação; esta última consiste de porfirinas depositadas logo antes da postura.
A vagina parece ser relativamente curta, primariamente porque sua metade cranial é firmemente dobrada e intimamente ligada por tecido conjuntivo. A camada muscular é bem desenvolvida e as pregas luminares são altas e estreitas. A vagina serve de passagem para o ovo formado do útero para a cloaca na oviposição. Ela possui também uma importante função na seleção, transporte e armazenamento de espermatozoides.
O ovo em desenvolvimento gasta cerca ce 15 minutos no Infundíbulo. No Magno sua velocidade média é de cerca de 2mm por minuto, levando portanto cerca de 2 a 3 horas para atravessar esta região. O ovo leva cerca de 1 a 1,5 hora para atravessar o Ístimo. Cerca de 20 horas de seu tempo total de permanência no oviduto (cerca de 26 horas) são gastos no útero. A passagem através da vagina leva poucos segundos.

A- Infundíbulo; B- Magno; C- Ístimo; D- Glândula da casca ou Útero; E- Vagina; F- Cloaca.
Não se conhece precisamente como é iniciada a oviposição, porém ambos os mecanismos hormonal e nervoso estão envolvidos. A contração da musculatura da glândula da casca força o ovo formado através da vagina na oviposição. Isto pode ser sobre controle nervoso, pois o estímulo do sistema nervoso central pode afetá-la, porém hormônios também estão envolvidos.
A vasotocina arginina, que é liberada da hipófise posterior, e prostaglandinas, originárias do folículo pós ovulatório formado há 26 horas, também contribuem para a contração e para a expulsão do ovo da glândula da casca. Com a contração da musculatura uterina, ocorre um relaxamento do esfíncter útero-vaginal, possivelmente análogo à cervix dos mamíferos. O ovo é então empurrado à frente para dentro da vagina, e a distensão geral das paredes vaginais provoca o reflexo da postura. Isto envolve modificações da respiração e posição, e a contração dos músculos abdominais.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Desmistificando a Radiotelemetria

Utilizo sistema rádio localizador em minhas aves desde 2006 e somente por duas ocasiões realmente exigi o máximo do equipamento. Pequenos sustos, para quem voa aves do gênero Falco são comuns no dia a dia e devemos estar preparados para possíveis imprevistos no campo. Neste artigo vou escrever sobre os elementos que compõem a Telemetria e também a forma como eu a opero e sempre funcionou.
Este sistema de localização teve origem pós Segunda Guerra Mundial onde pilotos de teste da Marinha dos Estados Unidos eram monitorados em suas missões. No início da década de 60 ocorreram os primeiros relatos do seu uso para pesquisas em animais de vida livre e na década de 70 já era utilizada por falcoeiros europeus e norte americanos. No Brasil ela é usada em projetos de pesquisa desde os anos 90 e por falcoeiros, no início do ano 2000.
O sistema mais utilizado para receptores é o da faixa de ondas de radio Very High Frequency, mais conhecida como VHF. Embora esta faixa cubra um espectro bastante largo (30 – 300 MHz, lembrando que 1 MHz = 1.000 KHz), a maioria dos equipamentos transmissores operam na faixa dos 170 a 218 MHz, e oferecem uma boa relação entre o alcance do sinal e a durabilidade da bateria. Neste sistema, o sinal de rádio é emitido na forma de pulsos pelo transmissor e é captado diretamente pelo receptor, conectado a uma antena. Cada transmissor deve operar em uma freqüência única e com uma distância razoável (aproximadamente 10 KHz) de outros transmissores utlizados na mesma área para evitar confusão entre indivíduos a serem localizados.
O terceiro componente do equipamento básico de Telemetria é a antena, responsável por interceptar o sinal emitido pelo transmissor e retransmiti-lo magnificado para o receptor. Normalmente ligada ao receptor por meio de cabos coaxiais, a antena pode ter diversos tamanhos e configurações, que irão influir diretamente na magnificação do sinal captado e na sua portabilidade. Quanto maior for o porte e complexidade da antena, maior será o ganho de sinal, porém maior será a dificuldade no seu manuseio.
Adicionalmente, as antenas podem ser divididas em direcionais e omnidirecionais. Direcional se refere à capacidade da antena em captar mais eficientemente o sinal transmitido de acordo com sua orientação em relação ao transmissor, já as omnidirecionais possuem um padrão de captação homogêneo em todas as direções, podendo ser utilizadas apenas para detectar presença ou ausência de sinal. As antenas direcionais comumente utilizadas são nos modelos Adcock e Yagi.

     Ilustração dos principais tipos de antena utilizadas em telemetria, sendo A, B e C omnidirecionais e D e E direcionais.
A Adcock, também conhecida como antena em “H”, em função do seu formato, possui dois elementos paralelos, aumentando relativamente o ganho de sinal. Apresenta a melhor relação custo-benefício entre as antenas direcionais, em termos de ganho, portabilidade e preço. A modelo Yagi por sua vez, compreende todas as antenas com três ou mais elementos paralelos, oferecendo melhores performances em ganho e direcionalidade do sinal. No entanto, excetuando-se a antena com 3 elementos, os modelos Yagi são de difícil manejo. A empresa norte-americana Marshall Radio Telemetry desenvolveu e comercializa o modelo Yagi de três elementos dobrável e retrátil muito compacta e fácil de carregar.
Em antenas direcionais o padrão de captação é constituído basicamente por dois campos de pico diametralmente opostos: um mais forte, chamado de “frente” da antena e um mais fraco, chamado de “fundo” da antena. Tais campos são separados em ambas as extremidades por lados “surdos” ou nulos da antena, onde há apenas uma mínima captação de sinal. Dessa forma, para um volume constante no receptor, o sinal será escutado com maior intensidade quando a frente da antena estiver voltada para o transmissor. É este padrão diferenciado que permite a identificação do sinal e localização da ave.
Padrão de captação de sinal para uma antena direcional do tipo Adcock, evidenciando o pico de captação na frente da antena, o campo de captação mais fraco no fundo e os dois lados "surdos", com captação mínima.

É importante lembrar que através do sistema de recepção de VHF (receptor e antena direcional) pode-se estimar apenas a direção do transmissor, de onde seu sinal será captado com maior intensidade. A determinação de sua distância pode ser feita apenas subjetivamente e de forma qualitativa (próximo ou distante) e, mesmo assim, dependendo da experiência do operador.
A acurácia de uma localização depende principalmente da qualidade das estimativas de direção do transmissor. Tais estimativas são suscetíveis não apenas ao erro humano, mas também sofrem a influência das diversas interferencias (reflexão, difração, polarização etc) a que são submetidos os sinais dos transmissores.
Em campo, quando for necessário utilizar o equipamento, procure observar o relevo do local de forma a posicionar-se em pontos onde a recepção de sinal seja avantajada. Pontos mais altos e de vegetação mais aberta normalmente oferecem as melhores condições de recepção. Evite posicionar-se próximo a obstáculos ou fontes de interferência eletromagnética. Cuidado com a montagem e empunhadura corretas da antena direcional, lembre-se que cada modelo de antena tem um padrão de captação diferente (vide manual do equipamento) e erros desta natureza podem provocar localizações enganosas. Um giro de 360 graus é recomendável para confirmar a direção geral de maior intensidade do sinal. Ajuste o volume do receptor, de forma que seja possível definir com clareza os campos de pico e nulo de sinal da antena. Lembre-se que ao diminuir o volume, o arco de captação formado pelo campo de pico com maior intensidade de sinal (“frente” da antena) será cada vez menor, facilitando a determinação de sua direção. Em caso de dúvidas quanto à direção precisa do sinal, utilize a reta que representa a bissetriz do ângulo formado pelos limites de captação do sinal, ou o início de ambos os lados “surdos” da antena. Eu utilizo duas formas de rastreio, o terrestre e alguns princípios de triangulação, normalmente os dois em conjunto.

Estimativa da origem do sinal pelo método de bissetriz, utilizando os limites dos lados "surdos" da antena para formação de um ângulo.

O rastreamento terrestre é simples, consiste em seguir o rumo de maior intensidade de sinal até o estabelecimento de contato visual com a ave. A triangulação é possivelmente a técnica de localização por telemetria mais utilizada, ela consiste em: escolher dois ou mais pontos de qualidade na captação do sinal; estimar suas respectivas direções de maior intensidade do sinal; encontrar o ângulo de visada dessas direções e finalmente calcular a localização do transmissor, através dos pontos de encontro das retas correspondentes aos ângulos medidos em cada ponto. Dependendo do número de pontos utilizados para a triangulação, tais cálculos podem ser de trigonometria simples (dois pontos) ou baseados em estimadores de maxima verossimilhança (três ou mais pontos). Apesar de sua aparente simplicidade, a triangulação é um processo cuja qualidade depende de uma série de detalhes na escolha dos pontos onde serão estimadas as direções.
Agora surge a pergunta:
- Você faz todos esses cálculos de trigonometria e verossimilhança?
É ÓBVIO... Que não!
Claro que para treinar e conhecer a capacidade do equipamento já fiz  diversos testes e cálculos mas nunca cheguei a ponto de precisar calcular a localização com toda esta precisão utilizando bússolas, mapas etc. Somente utilizando o cruzamento entre os pontos localizados na angulação já foram o suficiente pra mim.
A diferença entre os ângulos de visada medidos em cada ponto é, além de um fator que influi na precisão da localização, uma forma prática de avaliar-se a distância desses pontos em relação ao transmissor. Até mesmo intuitivamente é possível perceber que, dado um ângulo de visada obtido no primeiro ponto de triangulação, quanto maior o deslocamente necessário até um segundo ponto, para que o ângulo de visada se modifique, por exemplo, em 30 graus, tanto maior será a distância da localização do transmissor. Trocando em miúdos, Quanto mais distante a ave estiver, maior deverá ser a distância entre os pontos de angulação.

Ilustração demonstrando que, quanto maior a distância do receptor para o transmissor, maior a distância a ser percorrida entre dois pontos de localização para a obtenção de uma dada diferença entre os ângulos de visada.

Conforme mencionado anteriormente, em condições semelhantes, quanto mais próximo do transmissor, melhor será a qualidade do sinal, mais acurada a estimativa de sua direção e mais preciso o cálculo de localização do transmissor.
Apesar da relevância dessas considerações, é importante ter em mente que a localização por meio dessa técnica será sempre baseada em estimativas das direções de maior intensidade do sinal em cada ponto de triangulação, sendo então também uma estimativa da real localização do transmissor.

Estimativas de localização por meio de triangulação com três pontos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Considerações sobre o Lure-flying


escrevi há alguns meses sobre o condicionamento físico e fatores que o envolvem, porém, naquele momento não vinha ao caso discuti-los de maneira específica. Hoje vou mencionar alguns detalhes que acho importantes a respeito do lure-flying.
Ao contrário do que possam imaginar, a isca não serve apenas para chamar a ave de volta em campo. Como já havia citado anteriormente, este exercício é feito para melhorar sua capacidade física, sua motivação interna e manter a disciplina nas respostas. Além do mais é muito útil para aperfeiçoar sua habilidade dos pés e asas e, nos países onde a lei permite, atuar como um ensaio geral para a caça.
Para que um bom lure-flying seja executado é imprescindível o uso de uma isca adequada, isto é, sem adição de nenhum tipo de metal e pesar 1/3 do peso da ave. Desta forma, mesmo que o falcão seja fortemente golpeado pela isca, não será ferido gravemente. A corda onde a isca é amarrada deve possuir o tamanho de seus braços abertos e feita de um material que não corte ou queime os dedos com muita facilidade.
O falcoeiro por sua vez, deve ser capaz de colocar a isca no ar na posição certa e momento certo a ponto do falcão esticar as pernas para frente tentando capturar a isca. Isso exige coordenação e treino mas deve ser feito para que a ave não perca a motivação e acabe fazendo o exercício de forma branda. Em qualquer momento, se a ave tocar a isca, esta deverá ser entregue. O falcoeiro também deve ter a sensibilidade de observar o falcão enquanto se exercita e julgar seu grau de motivação e cansaço. Se permanecer a voar o falcão cansado, ele buscará um local para pouso e insistindo neste erro a ave se habituará a pousar durante o treino, o que não é desejável. Acima de tudo o falcoeiro deve ter claro em sua mente qual é o objetivo principal da ave que está sendo treinada. Mais que isso, quando a ave estiver em processo de treinamento, ele deve ir ao campo com um objetivo previamente traçado.
Para conseguir que um falcão exercite-se firmemente, ele deve estar afiado na captura da isca e confiante em suas próprias habilidades. Se ele levar dribles da isca não importando o quanto se esforce, vai se intimidar e esperar o falcoeiro jogar a isca sinalizando o fim do exercício. Isso faz com que a ave faça vôos circulares e desinteressados durante o treino, ao contrario do que desejamos: um vôo forte onde a ave não para de colocar pressão.
Devemos faze-la acreditar que ao se esforçar bastante, a captura acontece. Se o falcoeiro começar o treino forçando a ave e terminar da mesma forma, o falcão irá se aperfeiçoar.
Quando escrevi há pouco sobre sensibilidade do falcoeiro, incluí a capacidade de distinção entre treinar uma ave com histórico e outra juvenil que nunca voou. O falcão jovem não vai voar em velocidade máxima, porque ele tem medo de se chocar com o solo, com o próprio falcoeiro ou com a isca. Durante os mergulhos ele tem que frear e virar e isso coloca uma tremenda pressão sobre os músculos peitorais, além do mais é difícil para ele mensurar a velocidade do vento, a própria velocidade e sua margem de erro. Gradualmente ele vai ganhando confiança e depois de algum tempo, com o falcoeiro aumentando o nível de dificuldade dos vôos, a ave ganha experiência.
Como aumentar o nível de dificuldade dos vôos? Não tenho a pretenção de ensinar como se fazer lure-flying mas é importante que ele seja aplicado corretamente justamente para oferecer subsídios para que a ave aprenda a voar com mais habilidade. Você deve fazer as passadas pelo lado direito, esquerdo e acima da cabeça, para, desta forma, incentivar os mergulhos com curvas também para ambos os lados. Assim, ao longo do treino o falcão adquire habilidade para captura no ar, sincronia entre pés e asas, além de apurar sua margem de erro oferecendo a cada dia que passa melhores vôos a quem o observa.